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Espaço cheio, música alta, pessoas a dançar, um grupo de amigos na risada, na conversa. Longe dos holofotes… ele. Desatento, sério, pensativo. Se naquele momento lhe perguntassem do que falavam ele não saberia responder, ele estava ali mas não estava presente. Mais uma noite, mais um "click-click pousa para a foto sorri", mais um "olhem estou tão feliz" para as redes sociais, mais uma ida para casa de madrugada, mais um acordar sozinho no dia seguinte.

Ele… está cansado. Mas continua a levar a vida que sempre levou, talvez saiba levar a vida de outro modo mas de momento não tem como o fazer. É como sempre ouvi dizer "Um dia não importa quantas noites estejam a bombar, em vez de segurar um copo vais passar a querer segurar a mão de alguém." E essa pessoa onde está? Talvez ele se questione, "deixei de lado? Foi um amor desperdiçado? Ainda vai aparecer? Não sei para que lado me virar, Procuro ou deixo andar?" Não sei responder por ele. Mas não consegui evitar pensar que com a ânsia de se mostrar feliz para o mundo, talvez se tenha esquecido de ser feliz de verdade, talvez nunca o tenha sido realmente, ou talvez tenha sido e o tenha perdido, talvez se tenha perdido! Talvez não o venha a ser novamente. Talvez receie isso…

E então continua exausto no ciclo vicioso que se tornou a sua vida. É o querer sair, dar o passo mas ficar com o outro pé preso no carrossel, cair e voltar a ser puxado para dentro, e o mais triste é que o carrossel pára, todos saem, mas talvez ao ver que ninguém o espera na saída ele decida continuar lá sentado para mais uma volta e outra e "outra" e outra….